Por Daniel Lucas
São Paulo é a “capital” do Brasil. Certo? Errado. Mas, assim que deveria ser. Quando o tema: Isso só acontece em São Paulo foi escolhido acredito que todos encontraram dificuldades para delimitar um assunto. Conversando com algumas pessoas estava disposto a aceitar sugestões, gostei de algumas e outras não.
A sugestão aceita foi a do meu grande amigo Edemilson: inteligente, exigente, alegre, companheiro. E, vale a pena ressaltar que, ele é grande no peso, ou seja, mais de 100 quilos, mas o tamanho e os quilinhos a mais são proporcionais para abrigar um coração tão generoso que Deus lhe concedeu.
A sugestão de meu amigo foi escrever em relação as quantidades de “filas” no dia-a-dia, mas pensando melhor decidi relatar as estórias contadas numa fila. Segundo o verbete do dicionário: fila é fileiras de pessoas que se colocam umas atrás das outras, pela ordem cronológica de chegada a um ponto de chegada em veículos urbanos, a guichês ou a quaisquer estabelecimento haja afluência de interessados.
Fila é uma palavra que todo paulistano detesta ouvir e, principalmente, participar. Nas filas existem algo interessante e muitas vezes bizarro, são as estórias contadas por alguns acidou integrantes delas.
Certo dia estava na espera da lotação, 3766, destino ao Conjunto José Bonifácio – Itaquera, um bairro de aproximadamente 25 KM do Centro de São Paulo, como era horário de pico a quantidade de pessoas na fila era imensa. Estava eu curtindo uma música maravilhosa de Paula Lima: Só tinha de ser com você, quando fui interrompido com uma risada inexplicável.
Quando olhei para trás, eu não sabia se dava risada da mulher que estava contando uma estória, ou do semblante daquela que escutava. Duas mulheres fantásticas que poderiam fazer sucesso em qualquer emissora de televisão, pela tamanha espontaneidade e pela criatividade ao relatar um acontecimento.
Umas delas contava a respeito de um casal, provavelmente, classe média alta chegando duma festa embriagado. E, mais que ouriçados para uma noite “caliente”, regado a desejos acelerados esqueceram que tinham empregada, assim se entregando “as loucuras da paixão”.
Realmente foi uma loucura, porque essa dupla perfeita, de “palavras e semblantes incoerente”, interrompeu a música e, ainda, fez eu seguir na viagem e descer três pontos após do que deveria.
Agora, vale a pena reclamar das filas em São Paulo? Acredito que não. O que vale é encontramos brechas para nos divertimos em qualquer situação.
Isso só acontece em São Paulo: O que? Pinga? Não. Pimba? Também não. “Vou te falar viu, só pensa naquilo? É claro que não. Estou pensando agora na “fila” que tenho que pegar amanhã.